Para onde foste?

Hoje percebi que trabalhar compensa. O Professor Ricardo Morais tem o hábito de dizer uma frase em inglês que piscava na minha borbulhante mente durante a apresentação dos Planos de Trabalho do Semestre fantásticos de outros colegas: "Tell me something I don't kow". Não preciso de explanar o simples e concreto significado desta frase em sirene no meu ego: o meu PTS está, se considerado mau por mim, comprado certamente numa das tendas das Festas da Nossa Senhora do Rosário, um terror verde de quatro patas. O que vou eu fazer? A única coisa que ainda cai nas minhas boas graças são as cores que utilizei, Santas Cores, se não hoje, nem teria encarado a brincadeira com o Shwazneger, "Redime-te dos erros do passado" (brincadeira sublinho), com seriedade suficiente para surgir um post-it na minha mente onde li "PTS PTS, por onde anda a minha inovação?". Fugiu! A capacidade (que antes tinha) de fazer trabalhos diferentes, novos, únicos, se ainda não fugiu, anda bem longe, fugiu do frio, talvez andará pelo Rio nos banhos de sol e a ver quem passa. A minha reflexão não serve para fazer uma lista de compras para a próxima avaliação do PTS (criar pipocas, modificar balões e arranjar a bom preço chocolates). Muito pelo contrário, de nada serviria eu saber o que vai acontecer no próximo episódio (porque a espera compensa, ou, pelo menos, era disso que me convencia a esquecer, quando, em criança, o episódio das Navegantes da Lua acabava). Apenas quero motivar a minha inovação e destaque para outro nível. Porque tenho de me empenhar mais e ser original, como a publicidade da Sumol. Preciso de muito trabalho e pestanas queimadas, ter muitas mudanças horríveis, experiências de Roquetes para revolucionar o conceito de PTS. Espero que o meu trabalho não me leve para o Rio também, mas se me levar, vou pedir à minha inovação para voltar em troca de uma casa com piscina no Algarve (pelo menos não tenho de atravessar o Atlântico sempre que precisar de "marcar pela diferença").