Fotojornalismo. Antes de mais apetece-me gritar.
A imagem lembra-me vida, como diria um amigo meu "vidas", que marcaram sem dúvida este ano. Isto porque esta fotografia tem bastante valor emocional para mim. Como vêm relembra situações, sentimentos que, sinto, senti e sentirei. E não entrarei em pormenores que a minha real nobreza saberá melhor que ninguém, apenas deixarei quem acompanha estas mágoas, ou este e-portefólio, com breves momentos tristes e amargos (ao que lamento desde já a minha incapacidade de produzir um texto cómico, com imensas ilustrações e infantil como habitualmente faço).

E antes de começar pelo fim, quero enaltecer um elemento em particular da minha mui humilde nobreza, um elemento que permiti que entrasse na minha vida. Preencheu o espaço que havia livre com o seu apoio incondicional, carinho extremo e introduziu a palavra "irmã" no meu vocabulário, a mulher que me deu o meu segundo sobrinho, ainda bebé com o olhar mais maroto que já vi. Esta personagem será a minha inspiração, é ela que, neste momento, cria a dor, dentro de mim, quando olho para esta imagem. Portanto, a ela, e a quem dela cuidar, uma homenagem. Pelas mulheres, mães solteiras, que choram durante todos os sábados para segunda conseguirem ir trabalhar. E ao meu pequenino, que tem uma tia, crescerá sem ela, mas ela nunca sem ele.

Durante a minha pouca existência, pessoas admiravam o meu círculo de pessoas íntimas (algo a que gosto de chamar de mi nobre realeza), não só amigos mas amizades, família que não era família, uma quantidade infinita de mães, avós e melhores amigos. Presenciei carinhos, amizades e amores diferentes, uns estranhos demais para compreender, uns excessivo-compulsivos para me sufocar, uns equilibrados sempre moderados, uns que "tu casa es mi casa". Mas quando precisei, a admiração não serviu de nada mais: restaram apenas cinco dessas relações diferentes, os "tu casa es mi casa", os verdadeiros. Os a quem doeu (e a quem não doeu, esses foram fazer castelos na areia para a praia da Nívea). Quem ficou, quem sabia quem eu era, ou quem não sabia e confiou em mim, ficou e ficou, uma e uma vez. E agora, a imagem faz-me viver os momentos que precisava de as recompensar e que não posso. Estou presa e sei que precisam de mim. E eu não posso...
 


Nota: Esta mensagem não terá titulo porque não consigo formar palavras para um sentimento.