Final Feliz

À confiança, viva à corajosa que se tornou uma realidade bem vivida por cada aluno deste ano, deste semestre, desta geração, desta faculdade, desta universidade – aos muitos que encararam Projecto Multidisciplinar I um desafio bem sofrido. Finalmente acabou, ou infelizmente?

Os problemas apareceram com as primeiras avaliações – as malditas avaliações – que fizerem algumas cabeças rolar pelo parque de estacionamento e arredor. Depois de alguns dias de raiva, o começo da produção demorou mas saiu, com mais esforço do que o previsto. Ingenuamente ainda pensava que não seria preciso gastar tantos factores de produção para acompanhar a concorrência do mercado – mal o meu quando descobri que assim seria. Esperava já algo parecido mas menos doloroso – o cumprir as exigências, as metas de entrega, inovar a cada momento de avaliação, insistir quando não havia inspiração para nenhuma reflexão, passar horas importantes a pensar no que deixei para trás a mudar separadores do Excel e a tentar encontrar um fundo fantástico no Blogger, não faltar a nenhuma prática e, dentro delas, pensar (pensar custa, salientei numa lecture), sair da cama quente para enfrentar o mundo barulhento (o objectivo deste último tópico é projectar-mo-nos para dentro da sala 2 sem cair antes da porta fechar).

Quando pareceu tudo encaminhado, o nosso subconsciente apoderou-se de nós (a parte que mais gostei), tomou controlo (pelos vistos tinha permissão da nossa parte, algo a salientar). Isto aconteceu quando, num pequeno segundo – aquando dos nossos diálogos interiores – o tonto do meu subconsciente disse ao exagerado do meu consciente: “ai que Projecto está-me a afectar”. Nesse segundo, a nossa atitude meteu as mãos à cabeça: “como me deixei chegar até este ponto?”; o nosso bom senso: “calma, é apenas uma mudança”; e o nosso coraçãozinho: “vai sobrar para mim”. E daí evoluímos como pessoas, como seres pensantes, no mundo triste e desumano que perguntava já a muito: “onde podes melhorar?”. Finalmente teve resposta, e bem firme da nossa parte.

Amizades… Juntos na luta de bons resultados fiz excelentes amizades (umas logo, outras depois), um dos factores mais decisivos para o meu sucesso. Amizades, um amigo é um amigo, PMI permitiu eu o encontrar – essas pessoas escondidas. Demos as cabeçadas juntos, agora esperamos a cura.

Como me despeço, algo que nunca esperei fazer (e o mais inacreditável possível: ainda continuo a mudar o meu PTS a pensar o que a Professora Ana vai achar), e a torna-lo lamechas, aos amigos e professores um muito, muito obrigada por me fazerem crescer (e ser realista). Ao meu e-portefólio, o meu carinho pelos momentos que me acolheste (és um ser irracional mas eu racionalizei-te para desconsiderar a saudade que terei de escrever aqui). De mais uma maluquinha que adorou ter Projecto Multidisciplinar I. Maluquinha e uma pessoa melhor.


P1 - Cumpri os objectivos com mais esforço do que o previa.

P2 - Superei-me quando não sabia que ainda tinha algo a superar.

P3 - Fiz amizades quando menos esperava. 

C - Projecto Multidisciplinar I tornou-me uma pessoa melhor.

Porque o Voluntário esconde sentimentos?

Cada voluntário disfarça a emoção de ver tantos como ele a trabalhar pela mesma causa. Trabalha ainda mais para a esconder, porque não pode ser um voluntário emocionado, quer seguir exemplos e ser firme. E com os corações unidos, cada um refugia a sua mente e deixa o corpo fluir por entre alimentos, sacos e paletes nesse mundo tão solidário e carinhoso que poderia facilmente rasgar lágrimas a meio. Porque o voluntário é a força com sentimento. Ninguém fala dele, é vergonha a mais, ali só o corpo responde, as mentes estão unidas e todos o sabemos, admitir já é outro parágrafo.

Quando sonhamos com o coração aberto, acordar já se torna irreal – resistir para não parar de abrir sacos ao meio e atirar alimentos para o tapete, quer mais daquilo para a mente feliz continua a cantar para os a quem ajuda. Parar foi difícil e mais ainda conduzir para longe dali, onde a minha mente cantava. E ainda cantava baixinho pelo caminho… Ajudar quem precisa de nós cria em nós um sentimento de bondade, carinho e alegria sem explicação – quando os meus braços doeram resisti, quando a fome apertou resisti, apenas para sentir o sentimento mais um pouco, ecoava em mim.

P1 – Renega à emoção de trabalhar em equipa.

P2 – Quando trabalha sente algo importante mas não o partilha.

C – O voluntário esconde sentimentos.


“Ajudar quem precisa de nós cria um sentimento de bondade, carinho e alegria sem explicação, é sonhar com o coração aberto.” (Joana Mendes, UDIP)



Espelho das necessidades, não das vontades

The Social Network (para os menos cineastas, a história da criação do Facebook) captou o meu interesse por retratar não somente um génio, um rapaz da minha idade vocacionado e imerso num mundo paralelo ao de qualquer pessoa chamada "normal", mas também à dificuldade que este debatia interiormente de não afastar todas as pessoas que amava e que considerava importantes nesse percurso pela excelência. Dificuldade que nunca ultrapassou e cujo filme retrata com lealdade em luta constante. O final assustador de permanecer sozinho na sua criação, empresa multimilionária, sem uma única pessoa para chamar de amiga e para partilhar essa experiência avassaladora de autoconcretização profissional, toca o mais insensível expectador.

A realidade é que nos esforçamos arduamente por ser alguém: cancelamos planos, jantares, chicoteamos o corpo para atingirmos os nossos objectivos profissionais e, em cada final de dia, pensamos o porquê de ter sido assim. Porque queríamos ter brincado com o nosso filho e dar cambalhotas pela neve. Ou amarramo-nos ao pescoço do nosso paciente namorado e distribuirmos cachaços ao pai natal quando chegasse. Ao nosso marido a comida preferida, ao nosso gato o nosso melhor carinho, a nós mesmos aquele banho de imersão prometido... E acabamos o dia sem ninguém por perto, até o gato já se escondeu, e se o corpo tivesse voto na matéria, também estaria do outro lado da casa a chamar à cabeça asneiras bem feias.

No final, o que nos anima são expressões de alívio ao espelho de dever cumprido. Se tivéssemos chance de mudar o dia, sorriríamos nesse mesmo espelho até este ficar convencido que retiramos o melhor. Infelizmente somos feitos de obrigações e deveres e sofremos junto com eles. Ao longo da semana perguntei-me porque quando recebemos mérito profissional apenas recebemos sorrisos e abraços e não celebramos ao nosso sucesso. E a resposta é bem simples: para conseguir esse sucesso, magoamos quem deveria festejar connosco, e quando chega a nossa vez de festejar elas já não estão ali para nós, porque nós não estivemos ali para elas quando mereciam e imploraram a nossa atenção.

Quando a hora de celebrar chega, pensamos: será que compensou?


A Minha Amiga

Quando começo cada uma das mensagens desta página, confusa ainda sobre o que sairá (e se será coisa boa) presto-me a mui vis descobertas de mim própria que desconheceria se esta não existisse, ou se desta não se tratasse. Ao longo dos meses que a reformulei, mudei, arrumei e optimizei, esta página fez-me descobrir a minha própria essência... Entre estes cubos cheios de letras e números aqui em baixo, desde as citações a Meredith Grey, e as músicas que agora me fazem abrir a minha página apenas para as ouvir tocar, uma atrás de outra, seguidas, sem parar, formaram um orgulho pela página que mais me importa, entre muitas, a minha. Chamo-lhe página sem ofensa e critica, não colecciono outros nomes que lhe dariam nome como e-portefólio, blog, site. A página é pessoal, chama-se "a minha página", é minha e é a que preenchi aos poucos com um pouco de mim e dos meus. A forma como ela me acolheu tornou-se um hábito para mim. Uma forma de fugir ao mundo, ao nosso determinado modo de vida, e aos tormentos quotidianos que nos fazem viver pesadelos em pé. A minha página mostrou-me que independentemente do reconhecimento que não me darão pelas minhas tarefas, o orgulho com que a tratarei permanecerá e é admirado por quem a visita. Quem diria que a uma segunda-feira à noite estaria eu a referir-me a esta com dignidade e honra, a merecida mas tão temida. De facto, tornou-se como abrigo em tempos de dificuldades, em muito trabalho e tensão. Gosto da forma como ela me acolhe quando estou mal, como me abre as portas e me aconchega quando menos espero, e não espero. Agradeço a quem teve a ideia de a tornar académica, pois a fez uma obrigação para todos. Se assim não tivesse sido ela nunca existiria, nem nunca me poderia fazer descobrir, escrever, reflectir, pertencer. Cada pessoa nasceu com aptidão de aprender melhor de uma determinada forma, eu nasci para escrever aqui, porque a escrever aprendo o que não devo escrever, como não devo pensar, como não fazer o que não importa mais. É esta a minha parte, escrever para aprender. Admirada por muitos dos meus, esta minha página tornou-se a minha amiga. Junto com os hambúrguers da Lili, o colinho das tardes de terça, as gargalhadas dos simpsons, as minhas pantufas e a minha flecha, fez da minha vida mais e mais letras.

Mudança nas "tenções e viver" de Cláudio


Um diálogo final de "Diálogo das Compensadas" de João Aguiar
entre a Abadessa e o Cláudio

Know what to say

Detesto aquilo que tenho de fazer e não consigo, detesto os momentos estúpidos a olhar para as teclas do portátil à espera da força de vontade escondida atrás do ecrã... O que será que vai sair de lá? Depois de esperar, olho de repente, está lá o papel empilhado pronto a ser colocado na laser ao lado. Detesto esperar que apareça uma distracção mais, vou comer, ligo alguém, ligo para todos menos para mim mesma, ligo e ligo e ligo, venho ao e-portefólio à espera de um sinal, escrevo, apago, acrescento, mudo, ouço música, vejo Anatomia de Grey, e desespero. Arrasto os livros da mesa de vidro para os lençóis brancos de algodão, deito-me no chão, sento-me, viro-me, vou tomar um duche, lavo o cabelo, para demorar um pouquinho mais, já são 18h pelo menos, amanhã é que vão ser elas, vou ao e-mail verificar. Custa-me escrever a minha opinião, agora o tema é sobre tecnologias para criar valor, uma dissertação. Oh bolas, só de pensar até me dá enjoos, depois de tantas castanhas e ice tie não admira, detesto ser um tela em branco, não o sou, mas escrever sobre aquilo que ninguém sabe, nem tem de saber, irrita-me. Como se não gostasse de subir a cortina e quisesse passar já para o fim do espectáculo, fazer esta dissertação sobre tecnologia é tão difícil, preferia mil testes de Microeconomia e dois mil de Matemática. Porque não um pouco de integrais e derivadas parciais? Para um lado, para o outro, é tempo de sair, festival de Tunas. Não fiz nada hoje e, amanhã, é que vão ser elas. Tudo porque é mais fácil adiar para amanhã, porque não apetece, porque é mais agradável algo mais do que expor-me. E como diz Meredith Grey:

"Communication. It's the first thing we really learn in life. Funny thing is, once we grow up, learn our words and really start talking, the harder it becomes to know what to say."


Fotojornalismo. Antes de mais apetece-me gritar.
A imagem lembra-me vida, como diria um amigo meu "vidas", que marcaram sem dúvida este ano. Isto porque esta fotografia tem bastante valor emocional para mim. Como vêm relembra situações, sentimentos que, sinto, senti e sentirei. E não entrarei em pormenores que a minha real nobreza saberá melhor que ninguém, apenas deixarei quem acompanha estas mágoas, ou este e-portefólio, com breves momentos tristes e amargos (ao que lamento desde já a minha incapacidade de produzir um texto cómico, com imensas ilustrações e infantil como habitualmente faço).

E antes de começar pelo fim, quero enaltecer um elemento em particular da minha mui humilde nobreza, um elemento que permiti que entrasse na minha vida. Preencheu o espaço que havia livre com o seu apoio incondicional, carinho extremo e introduziu a palavra "irmã" no meu vocabulário, a mulher que me deu o meu segundo sobrinho, ainda bebé com o olhar mais maroto que já vi. Esta personagem será a minha inspiração, é ela que, neste momento, cria a dor, dentro de mim, quando olho para esta imagem. Portanto, a ela, e a quem dela cuidar, uma homenagem. Pelas mulheres, mães solteiras, que choram durante todos os sábados para segunda conseguirem ir trabalhar. E ao meu pequenino, que tem uma tia, crescerá sem ela, mas ela nunca sem ele.

Durante a minha pouca existência, pessoas admiravam o meu círculo de pessoas íntimas (algo a que gosto de chamar de mi nobre realeza), não só amigos mas amizades, família que não era família, uma quantidade infinita de mães, avós e melhores amigos. Presenciei carinhos, amizades e amores diferentes, uns estranhos demais para compreender, uns excessivo-compulsivos para me sufocar, uns equilibrados sempre moderados, uns que "tu casa es mi casa". Mas quando precisei, a admiração não serviu de nada mais: restaram apenas cinco dessas relações diferentes, os "tu casa es mi casa", os verdadeiros. Os a quem doeu (e a quem não doeu, esses foram fazer castelos na areia para a praia da Nívea). Quem ficou, quem sabia quem eu era, ou quem não sabia e confiou em mim, ficou e ficou, uma e uma vez. E agora, a imagem faz-me viver os momentos que precisava de as recompensar e que não posso. Estou presa e sei que precisam de mim. E eu não posso...
 


Nota: Esta mensagem não terá titulo porque não consigo formar palavras para um sentimento.

Voluntária pelo Passado para o Futuro

Ser humano... Difícil de descrever e complexo demais para não errar...
A dificuldade de entrar em quartos escuros, parar sonhos maus e ter medo de morrer rápido demais assombram-nos. Não só a mim, mera humana, sou apenas mais uma de muitos milhares, não me considero especial quanto baste para representar a raça. Falo de algo que todos sabemos que temos em comum, arrepios que paralisam o mundo. Porque todos somos estes seres esquisitos que antes de adormecer pedimos para amanhã o que faltou hoje. Os ladrões que o próximo roubo seja mais rentável, os carentes algo parecido com amor, os preocupados alongam-se mais a pedir paz (já sabem que lhes vai custar a adormecer), os nervosos raios do céu. Se pedimos tudo isto quando sentimos falta, o que pedirá quem já permaneceu em quartos escuros durante tempo demais, quem quer todo o dia acordar e quem acabou de fintar a doença?
Experiências dessas encontrarei eu todos os sábados quando vou, contente, fazer a minha parte no sistema: Voluntariado. Quando olho para aquelas meninas sinto tanta admiração por elas. Sinto-as mais adultas que eu, mais fortes e corajosas, sinto-me eu tão pequena. Sinto-me intimidada por elas conseguirem rir e eu não saber se conseguiria. Se há quem rema contra a maré são elas, muitas crianças, hospitalizadas, órfãs, deficientes, retiradas da família. O que será que já viram elas na sua curta vida? O que sentiram e que não deveriam? Daria tudo para entrar dentro delas e saber o que acham de alguém com uma "vida normal", ou como seriam elas se a tivessem...
Não vou fazer mais uma campanha de solidariedade para o mundo, vou apenas expor a minha experiência ao longo do semestre. Não são pessoas diferentes, são "vidas diferentes", e futuros, que com a ajuda de voluntários como eu, serão "futuros felizes".

Para onde foste?

Hoje percebi que trabalhar compensa. O Professor Ricardo Morais tem o hábito de dizer uma frase em inglês que piscava na minha borbulhante mente durante a apresentação dos Planos de Trabalho do Semestre fantásticos de outros colegas: "Tell me something I don't kow". Não preciso de explanar o simples e concreto significado desta frase em sirene no meu ego: o meu PTS está, se considerado mau por mim, comprado certamente numa das tendas das Festas da Nossa Senhora do Rosário, um terror verde de quatro patas. O que vou eu fazer? A única coisa que ainda cai nas minhas boas graças são as cores que utilizei, Santas Cores, se não hoje, nem teria encarado a brincadeira com o Shwazneger, "Redime-te dos erros do passado" (brincadeira sublinho), com seriedade suficiente para surgir um post-it na minha mente onde li "PTS PTS, por onde anda a minha inovação?". Fugiu! A capacidade (que antes tinha) de fazer trabalhos diferentes, novos, únicos, se ainda não fugiu, anda bem longe, fugiu do frio, talvez andará pelo Rio nos banhos de sol e a ver quem passa. A minha reflexão não serve para fazer uma lista de compras para a próxima avaliação do PTS (criar pipocas, modificar balões e arranjar a bom preço chocolates). Muito pelo contrário, de nada serviria eu saber o que vai acontecer no próximo episódio (porque a espera compensa, ou, pelo menos, era disso que me convencia a esquecer, quando, em criança, o episódio das Navegantes da Lua acabava). Apenas quero motivar a minha inovação e destaque para outro nível. Porque tenho de me empenhar mais e ser original, como a publicidade da Sumol. Preciso de muito trabalho e pestanas queimadas, ter muitas mudanças horríveis, experiências de Roquetes para revolucionar o conceito de PTS. Espero que o meu trabalho não me leve para o Rio também, mas se me levar, vou pedir à minha inovação para voltar em troca de uma casa com piscina no Algarve (pelo menos não tenho de atravessar o Atlântico sempre que precisar de "marcar pela diferença").

Liberté, égalité, fraternité

Liberdade, igualdade, fraternidade... O tema da Revolução Francesa e do meu Belo. Nesta altura andará o meu leitor a pensar que a sua escritora poderá não voltar a ser a mesma depois da longa semana de exames, e, quiçá, se ainda restou inspiração, mesmo que apenas seja precisa très peu. Porque nunca me apeteceu escrever sobre o belo... Quero falar de sonhos e póneis! Sei lá por onde ando com a cabeça estimé admirateur... Apetece-me hoje falar francês! E quando recebi esta semana o meu texto "O que é o Belo?", feito na aula anterior, percebi isso mesmo. O culpado é o francês e a revolução!
Sou extremamente influenciada pelas minhas disposições de momento quando escrevo: pelo meu humor, pelo meu dia, relações pessoais, roupa, chuva, sol e cheiros... Depois de ver o muito esperado texto argumentativo, com poucas esperadas criticas, percebi que o argumento e a premissa não tinham culpa dos meus tristes momentos. Que texto argumentativo não é prosa, poesia e valsa. É estrutura, dá a transparecer a nossa organização de pensamento, reflexão explicativa sobre algo.
Deixou de ser francês para ser português... Deixou de ser revolução para ser idade contemporânea! Deixou de ser "Liberté, égalité, fraternité" para ser "clareza, credibilidade, precisão, relevância". Deixou de ser pensamento divergente (achar o maior número possível de soluções para um problema) para ser critico (julgamento reflexivo).
A diferença é que os póneis são para crianças e os cavalos para adultos, e, sei lá porquê, ainda ando presa ao sonho extraordinário de encontrar finalmente o pónei perfeito em vez do cavalo aleijado na pata e baixinho...
Nem sei por onde começar a minha reflexão sobre porque escrevo assim. Como procuro o cavalo? Foi uma desilusão, crescer é difícil.

 

Divergente versus Crítico

O QUE É O BELO?
Não há uma definição absoluta de belo. É algo agradável à vista, algo bonito que nos encanta e enche-nos o coração de tão perfeito e harmonioso que é - uma peça de arte por exemplo. Porque existem tantas opiniões diferentes quando avaliamos uma só peça de arte?

A percepção do belo atinge o seu principal dogma. Cada ser humano avalia o belo à sua própria maneira. Com isto, podermos afirmar que todos temos uma percepção diferente sobre o que é belo. Todos vemos o belo pelos nossos olhos.

A nossa personalidade, educação e valores influenciam a nossa avaliação de belo. Estes traços de personalidade e princípios ditaram emoções e sentimentos ao longo do nosso crescimento. Assim, como o belo invoca de nós o íntimo, obtemos uma reacção a ele espontânea, sempre diferente de pessoa para pessoa.

As nossas experiências pessoais também influenciam a nossa percepção do belo. Cada um de nós passa por situações, vivências e circunstâncias diferentes durante a vida. Essas experiências marcam o nosso íntimo também e deixam memórias. Como fazem parte do domínio emocional, a nossa reacção e avaliação ao belo vai ser afectadas por elas.

Encontraremos sempre a nossa própria percepção do belo. Podemos dizer, portanto, que o belo está dentro de nós. 

Expectativas!

Expectativas...
Para mais um ano, mais uma cadeira, mais uns centímetros de crescimento desta pequena e rabugenta massa cinzenta...
E porque todas as expectativas são altas e exigentes demais, começam por "EU espero..." e acabam com "Ai vamos NOS (sem acento)...", vou tentar inverter os papéis. Vou ser comedida, realista (pela primeira vez, este blogue já está a surtir os seus efeitos), e vou começar com a última frase e acabar com a primeira. Por isto, as minhas expectativas para Projecto Multidisciplinar 1 são:

Ai vamos NOS, sempre tentar superar os problemas que nos vão assombrar, definir objectivos e cumpri-los, com esforço (ou, quem sabe, sem). No entanto, a tentar fazer desta disciplina mais uma reflexão introspectiva do que uma nota. Superarmo-nos quando não sabíamos que ainda tínhamos algo a superar, dar connosco a pensar o que nunca sonharíamos arriscar, comunicar com quem não queríamos, fazer amigos debaixo de chuva, e "rebolar em lama" para escrever estes textos no blogue. Acima de tudo, vermo-nos de outra maneira, e definirmos o nosso plano de acção nas mais pequeninas atitudes que o ser humano é negligente. E finalmente a última frase, EU espero aprender a analisar, ultrapassar dificuldades, comunicar, interpretar da maneira mais correcta, reprogramar a minha mente para o futuro como gestora, e não continuar agarrada a um passado como estudante... Até ao limite, até o infinito... Ou até onde chegarmos, que assim seja, estou confiante.

Perguntar, Observar, Conhecer...

Para criarmos a nossa opinião sobre pessoas sentadas a nosso lado que poderão vir a fazer menos pesada a nossa responsabilidade e as horas que perdemos a pensar nelas... E para admirarmos alguém tal como nos admiramos a nós... Porque a nossa resposta à pergunta de outrem é uma peça no puzzle interior que nos faz sentir diferentes... E porque somos diferentes...
Estas foram as minhas perguntas para quem vim a sorrir depois delas...
(Primeira workshop, dia 21 de Setembro)
  • Qual o teu nome? A tua idade? Como gostas que te chamem?
  • Onde vives? Onde nasceste? Vives com quem?
  • É a tua primeira vez na faculdade? Se não, onde andaste antes? Porque mudaste? Como te estas a adaptar? Qual o teu curso?
  • Onde fizeste o 12º ano e em que área? Tinhas ou tens alguma actividade extra-curricular?
  • O que gostas de fazer nos teus tempos livres?
  • Quais os teus filmes, música e series, programas de televisão preferidas? Gostas de cinema?
  • Qual o sitio que mais gostas de estar?
  • Qual a tua comida preferida? E restaurante?
  • Quais são algumas das pessoas mais achegadas a ti?
  • Tens animais de estimação? Se sim, quais?
  • Qual a tua religião?
  • Quais algumas qualidades e defeitos que tens?
  • Qual a tua cor preferida? E a cidade?